Angiospermas

Antes de tudo, devemos saber a definição que se dá pelo nome:

 Angiosperma vem das raízes gregas “angeion”, que significa vaso + “sperma”, significando semente.

 Esta designação alude ao fato de a semente das angiospermas estarem contida em um ovário.

  E a partir de agora, veremos detalhadamente informações desse assunto, que está sempre presente em nosso dia a dia.

Evolução

   Há aproximadamente 3,5 bilhões de anos, surgiam no planeta os primeiros seres vivos, unicelulares, procariontes e heterotróficos. A partir disso, foram formando-se grupos, que foram se dividindo.

   Com o intenso movimento das placas tectônicas, a flora começou a mudar, há aproximadamente 130 milhões de anos surgiram às angiospermas ou Magnoliophyta. Essas, já apresentavam como vantagem o fruto.

   Outra característica que facilitou a multiplicação de espécies de plantas foi a adaptação para o meio terrestre, o que ocorreu há 300 milhões de anos, onde a fotossíntese passou a ser realizada fora do meio aquático.

   Parece datar do Cretáceo o aparecimento do grupo. No decorrer deste mesmo período, a julgar pelos fósseis conhecidos, teriam dominado rapidamente o mundo vegetal.

   Atualmente são conhecidas cerca de 350 mil espécies de plantas - desse total, mais de 250 mil são angiospermas.

     - Robert Brown - fez a distinção entre gimnospermas e angiospermas

Folha fóssil de uma sassafras do Cretáceo, vegetal arborescente do Arenito Dakota
Elsworth, Kansas. O comprimento é aproximadamente 12 cm.

Características

- Em relação às gimnospermas, as angiospermas apresentam duas "novidades": as flores e os frutos;

- Grupo monofilético = desenvolvimento de flores com carpelo;

- Se adaptam aos mais variados ambientes;

- Algumas sementes só germinam se passarem pelo intestino.

- São fanerógamas vasculares 

 Fanerógamas = flor com estrutura reprodutora visível;
  Vasculares (traqueófitas) = transporte de nutrientes através do xilema e do floema, o que possibilita a formação de plantas altas

Órgãos

                                          Caule = pedúnculo
Frutos: contêm e protegem as sementes e auxiliam na dispersão na natureza. Muitas vezes eles são coloridos, suculentos e atraem animais diversos, que os utiliza como alimento. As sementes engolidas pelos animais costumam atravessar o tubo digestivo intactas e são eliminadas no ambiente com as fezes, em geral em locais distantes da planta-mãe, pelo vento, por exemplo. Isso favorece a espécie na conquista de novos territórios.

Receptáculo floral: folhas modificadas que podem ser reprodutoras (gineceu: feminino e androceu: masculino).

Ovário: onde fica armazenado um ou mais óvulos.

Antera: contém os sacos polínicos, onde são formados os grãos de pólen.

   Geralmente o estigma é mais alto que as anteras, para dificultar a autopolinização.

Gineceu = conjunto de carpelos, faz parte do sistema reprodutor

Androceu = parte do sistema reprodutor,

 conjunto dos estames

 

Cálice: conjunto de sépalas (estruturas parecidas com folhas), sua função é proteger a planta quando em botão.

Corola: conjunto de pétalas.

Pétalas, Flor e Néctar

      As cores atrativas das pétalas, o cheiro da flor e a presença de néctar permitem com que insetos, aves e morcegos se aproximem destas estruturas. Desta forma, tais indivíduos são capazes de propiciar a polinização, ao levarem os pólens até o estigma. Por serem base para a alimentação de diversos animais, estes podem também facilitar este processo. 

   As abelhas preferem o que para nós aparece como cor amarela ou azul. Elas são capazes também de perceber a região ultravioleta do espectro, que para nós é invisível. São muito sensíveis às flavonas e flavonóis, substâncias que absorvem no ultravioleta e estão presentes em quase todas as flores brancas. As abelhas são insensíveis ao vermelho, mas visitam flores vermelhas, guiadas pela presença de flavonas que absorvem luz ultravioleta.

   Os beija-flores são sensíveis apenas ao vermelho e sua preferência por flores de um vermelho vivo, como os Hibiscus, é conhecida. Em habitats especiais podem visitar também flores brancas.

  As outras classes de polinizadores mostra menor sensibilidade à cor das flores. Enquanto as borboletas são atraídas por flores de cor vibrante, as mariposas preferem as flores de cor vermelha, púrpura, branca ou rosa-claro e as vespas preferem cores monótonas, escuras e pardacentas.

    As moscas são atraídas por flores de cor escura, marrom, púrpura ou verde.

   Finalmente, existem os besouros e os morcegos, que são visualmente inertes à cor e dependem de outro tipo de sinais para serem levados às flores.

   - São fatores que contribuíram para que este grupo vegetal fosse constituído, hoje, mais de 235 mil espécies, em todo o planeta.

Fruto

O fruto geralmente terá origem da parede do ovário, que forma o pericarpo. Esse é dividido em três partes:

Epicarpo, mesocarpo e endocarpo

Podemos ter vários tipos de frutos:

- Carnosos: o pericarpo é suculento. Atrai animais, que realizarão a dispersão da semente.

  Baga: semente se separa do fruto facilmente. Ex: uva, tomate, laranja, mamão,... 

  Drupa: tegumento da semente fundida ao pericarpo do fruto. Ex: pêssego, ameixa, azeitona. 

 

 - Secos: o pericarpo é seco. Normalmente a semente é dispersa pelo vento. 

 Deiscente(aquênio): quando maduros, se abrem. Ex: plantas leguminosas como feijão e ervilha. 

  Indeiscentes(cariopse): não se abrem quando maduros. Ex: arroz, milho e trigo.  

     Além desses tipos, há frutos que não se desenvolvem da parede do ovário. A esses, chamamos pseudofrutos, que podem ser:

- Simples: origem no pedúnculo ou receptáculo de uma flor. Ex: Caju, maçã. 

- Compostos: origem no desenvolvimento o receptáculo de uma flor, com vários ovários. Ex: morango. 

- Infrutescências: origem no desenvolvimento de inflorescências (várias flores em um mesmo ramo, como margaridas e girassóis). Ex: abacaxi, amora.